O regresso às aulas é sempre um momento de tensão para os alunos, quer estes ingressem num novo ano escolar, novo ciclo ou instituição de ensino, ou até mesmo nos casos de reprovação/repetição do ano. É importante, por isso, compreender as frustrações dos jovens, mas também as suas ambições e expectativas, bem como ajudá-los a gerir as relações familiares e com os pares, de forma a alcançar o sucesso escolar e profissional.
Aqui ficam algumas dicas para ajudar os estudantes a alcançar o desejado sucesso escolar, baseadas nas principais questões que surgem nas sessões de Coaching para Estudantes:
Ninguém é feliz a fazer o que não gosta. A questão é que aquilo que fazemos, a nossa profissão, é uma parte determinante da nossa felicidade. Do nosso equilíbrio como pessoas. Determinante, inclusive, da nossa saúde física e emocional.
Nesta primeira dica para os estudantes gostava de reforçar esta ideia. Em termos práticos, isto significa que um estudante está sempre a tempo de mudar de curso, caso não se sinta identificado. Pode, por exemplo, aguardar um ano, aproveitando para trabalhar e ganhar experiência de vida, e a seguir candidatar-se ao curso que deseja. Ou entrar na faculdade, fazer o primeiro ano e solicitar transferência de curso, de faculdade ou de ambos no ano lectivo seguinte. Isto pode parecer uma perda de tempo. Mas não é. Significa saber usar o tempo a nosso favor criando a vida que desejamos. Aquela que nos faz sentir plenos.
Tudo o resto, dinheiro, saúde física e emocional, lazer, amor... dependem destas escolhas e de termos a coragem de enfrentar o convencional, o comum, o seguro. Sei que quem está agora a ler este texto estaria à espera de umas dicas mais concretas. E elas virão ao longo das próximas semanas.
Mas todas as táticas de estudo, para terem sucesso máximo, têm de resultar daquilo que genuinamente temos para dar ao Mundo.
Dormir melhor! Eis uma estratégia que permite melhorar imenso o rendimento escolar e à qual os estudantes resistem!
Para além do efeito benéfico do sono para o restauro da atividade cerebral — reforçando as capacidades de foco, concentração, atenção, memorização e a organização da informação, entre outras —, quando dormimos bem antes de uma prova desportiva, a apresentação de um trabalho, um teste ou um exame, estamos também a regular as hormonas que controlam o apetite.
Ou seja, quando dormimos mal ou um número de horas insuficiente, sentimos mais fome e um desejo incontrolável por alimentos muito calóricos, o que, muitas vezes, leva a desregulações alimentares complicadas (como a bulimia ou a anorexia nervosa, nos casos mais extremos).
Assim, dormir mal ou pouco, em permanência, o que acontece com a maioria dos estudantes, compromete a sua capacidade de raciocínio e acaba por ter, a médio prazo, um impacto negativo na sua saúde física.
Quando dormimos profundamente e durante o tempo suficiente, a atividade do córtex cerebral tem uma redução de 40%. No entanto, o cérebro quando dorme não fica passivo: ele trabalha de forma perfeita a recuperar os órgãos, os músculos, o metabolismo, o funcionamento neuronal, repara as células doentes e repõe os nossos níveis de energia.
Numa frase, para aumentarem o seu rendimento os estudantes devem otimizar a sua estrutura cerebral. E para isso, têm de dormir mais e melhor!
Comer de forma correcta é essencial para o rendimento escolar (intelectual e físico). Mas, em mais de 90% dos casos dos estudantes que recebemos em Coaching na Academia da Coragem fazem uma alimentação desequilibrada.
Um dos erros mais comuns que os estudantes fazem é não tomar o pequeno almoço antes de sair de casa. E, na maioria dos casos optam por comer apenas no 1° intervalo da manhã. Tratar-se de um longo período de jejum, desadequado a quem precisa de estar focado e em plenas capacidades físicas e cognitivas. Para além disso, o facto de estar longas horas sem comer (há casos em que chegam a ser 12 horas e mais) poder trazer algumas complicações graves de saúde, como a diabetes, a desregulação da Tiróide e dos triglicéridos, o excesso de peso e a ansiedade (em casos mais complicados tendência depressiva).
Para além disso, como forma de compensar a fome matinal resultante de várias horas sem comer os estudantes fazem opções erradas, geralmente alimentos ricos em açúcar e gorduras. Estes alimentos são rapidamente absorvidos pelo organismo dando a sensação de mais energia, mas criam dependência. Comer alimentos que não são bons para o nosso cérebro gera dependência e por vezes perturbações emocionais graves.
Comer melhor ajuda-nos a ter um rendimento intelectual superior, a dormir melhor, a estarmos mais concentrados, a termos um desempenho físico melhor e até aumenta a seretonina do cérebro, responsável pelo nosso bem-estar emocional.
A ideia de facto é: os estudantes devem comer melhor para ter um rendimento melhor. Algo que o Coaching para Estudantes ensina a fazer.
Nove em cada 10 estudantes apresentam níveis de ansiedade elevados. E quatro em cada 10 já sofreram um ataque de pânico.
A ansiedade é uma das maiores limitações de origem emocional que os estudantes enfrentam. Em casos graves podem mesmo surgir crises ansiosas e ataques de pânico, que impossibilitam o estudante de fazer um teste, exame, responder às perguntas de uma oral ou fazer uma apresentação em frente à turma.
O problema não está em sentirmo-nos ansiosos. Todas as pessoas, alguma vez, já se sentiram ansiosas. O problema é deixar que a ansiedade nos domine e iniba a capacidade de realização pessoal. A ansiedade inibe a capacidade de concentração, afeta a qualidade do nosso sono e até o apetite: comer de mais ou comer de menos.
A ansiedade geralmente manifesta-se através de sintomas físicos, como dor de estômago, sensação de querer vomitar, dor de cabeça e dor de costas (por vezes paralisantes), e, até febre, perturbações gástricas e intestinais, aumento do ritmo cardíaco, palpitações, suores, dores no peito, dificuldade em respirar e sensação de impotência para exercer controlo sobre si mesmo.
Se os medos e a ansiedade são constantes ou muito frequentes, o estudante pode experienciar um ataque de pânico (uma resposta do nosso corpo ao medo e ao stress) que o leva a recear não conseguir controlar de todo a sua mente e o seu corpo. É muito difícil e angustiante lidar sozinho com a ansiedade. Por vezes, ela expande-se a toda a família, que começa a recear que os seus filhos não consigam ultrapassar os obstáculos e a pressão colocada pela necessidade de ter sucesso escolar.
No Coaching de Estudantes da Academia da Coragem, aprender a gerir e a diminuir a ansiedade é um dos trabalhos mais exigentes que fazemos, mas também dos mais gratificantes.
Escolher o curso a seguir é uma tarefa complexa para muitos estudantes.
75% dos estudantes do 12º ano não sabem que curso escolher. Esta percentagem sobe para 85% nos estudantes do 10º e do 11º anos.
Escolher o Curso Superior a seguir causa muito stress ao estudante, mas também aos pais. E é natural, pois trata-se de escolher o futuro. Escolher a profissão que teremos ao longo de vários anos. Escolher como nos vamos auto-realizar através de uma profissão.
Há estudantes que optam por fazer testes psicotécnicos. No entanto, estes testes raramente são conclusivos apontando apenas tendências gerais, e, por vezes, até contraditórias, como é o caso de resultados que apontam para medicina e gestão em simultâneo. Há também estudantes que sentem a pressão do grupo de pertença, dos amigos. Ou seja, seguir o curso para onde os meus pares vão.
Há estudantes que escolhem em função das profissões que são hoje mais bem remuneradas. Outros que escolhem por exclusão (tipo: não sou bom a matemática, como tal nunca seguirei gestão de empresas, embora gostasse imenso). Bastantes escolhem em função daquilo que a sua média permite. E alguns, mais do que seria desejável, por pressão familiar.
Começa a ser cada vez mais raro encontrar estudantes que escolhem por vocação, que escolhem por pensarem diferente, por sentirem que não serão felizes a desempenhar determinadas profissões. Muitos alunos ficam ansiosos, desnorteados e sem saber que curso escolher porque perderam a noção de qual é o seu verdadeiro talento, por desconhecer o que realmente são capazes de fazer.
Seria um salto qualitativo enorme para a vida futura dos estudantes se conseguissem ligar-se e seguir aqueles que são os seus talentos únicos, o que significa conseguirmos reunir na nossa profissão aquilo que de facto adoramos fazer com aquilo em que somos bons.
O Coaching para Estudantes da Academia da Coragem ajuda o estudante na tarefa da decisão de escolher o Curso a seguir apoiando a encontrar o potencial singular de cada um e de que forma o podemos transformar num benefício para a vida toda.
Deixar acumular matéria durante vários dias para depois estudar o que foi dado é um erro que muitos estudantes ainda cometem. Mesmo que se sintam cansados, a rotina de rever a matéria dada nesse dia, a todas as disciplinas, é essencial!
Esta rotina permite consolidar os conhecimentos ministrados no dia, mas também é essencial para que o estudante consiga identificar dúvidas (que tenham ficado por esclarecer, ou até que não tenham surgido na aula) e questões de aprofundamento que queiram colocar aos professores na aula seguinte.
Isto significa que o estudante deve ir além dos TPC's, isto é, deve ir além dos Trabalhos para Casa, que devem igualmente obedecer à mesma regra: não atrasar os TPC's para outros dias, com o pensamento de que no dia seguinte não terão as mesmas disciplinas!
O cérebro aprende por sistematização e memorização e isso exige repetição dentro do timing adequado. Se a matéria é dada num dia, os TPC's devem ser feitos nesse dia. Ao mesmo tempo, as dúvidas devem ser apontadas num Caderno de Dúvidas, específico para isso, e esclarecidas na aula seguinte.
Quando não há TPC's, prevalece a regra de rever a matéria dada no dia em questão, ao chegar a casa, e apontar as dúvidas existentes no respectivo caderno usado especificamente para isso!
Bloquear ao fazer um teste ou exame (escrito ou oral) é uma das situações mais difíceis que os estudantes podem enfrentar.
Quando tal acontece, a pessoa deixa de conseguir raciocinar, fica presa à pergunta e, de repente, tem a sensação de que não sabe nada e que vai falhar. É uma situação muito stressante e que gera muita angústia no aluno, já que perde a confiança nas suas capacidades, no que sabe e no que estudou. Instala-se a dúvida e com ela surge o medo de não conseguir.
Nas situações mais críticas, estes bloqueios começam a repetir-se, gerando no aluno a convicção prévia de que lhe irá acontecer o mesmo. Trata-se de um medo desenvolvido pelo grau de exigência cada vez maior que os estudantes colocam a si mesmos no sentido de terem resultados de excelência que lhes permita entrar na faculdade, no curso que desejam. Ou, já estando na faculdade, o medo de não serem suficientemente bons (face ao que a família, os professores e os colegas esperas deles), mas igualmente o receio de se desiludirem consigo mesmos.
Esta situação é vivida com muita ansiedade, sobretudo em alunos cuja noção de valor pessoal é muito focada em resultados. O que ocorre mesmo em jovens cuja família não é super exigente.
Como combater o bloqueio?
No momento em que se sente a bloquear é muito importante que o aluno percorra os seguintes passos:
1. Respirar fundo (2 a 3 vezes).
2. Voltar a ler a questão.
3. Dividir a questão. Exemplo: esta questão exige que eu responda em primeiro lugar ao tema A, depois ao tema B e a seguir concluo com o tema C.
4. Após o faseamento e organização da resposta, na grande maioria dos casos, o desbloqueio passa.
5. Nos casos em que este não passa, o aluno não deve ficar preso à pergunta. Deve passar à frente e ir respondendo a tudo o que sabe, focando-se a cada momento, na questão em concreto que tem à frente.
6. Logo que termine, com a sensação de que “já fiz praticamente tudo”, voltar à pergunta onde bloqueou.
7. Frases de reprogramação do diálogo interior (pensamentos de mudança tranquilizantes) que o aluno pode fazer: “Mesmo que baixe um pouco a média, sei que vou conseguir recuperar”, “Nada está perdido”, “As minhas capacidades são inesgotáveis”, e “Sei que consigo porque me esforço, estudo e cumpro as tarefas exigidas”.
Ao contrário do que possamos pensar, o burnout também afetam os estudantes e não apenas profissionais. Também conhecido como “esgotamento”, o burnout pode afetar estudantes em qualquer idade ou ciclo de ensino, embora seja mais comum no ensino secundário e universitário devido aos níveis de exigência, volume de estudo, horas de trabalho e competição a que estes alunos estão sujeitos.
Pais, professores, família e os próprios estudantes devem prevenir o burnout sob pena de entrarem num ciclo de esgotamento generalizado grave, o qual exigirá tratamento médico.
Alguns sinais do Burnout são:
1. Cansaço persistentes, que não passa;
2. Dores de cabeça persistentes, sensação de náusea, tonturas...;
3. Ansiedade – estar ansioso antes de exames ou testes é normal, viver em permanente ansiedade pode significar início de uma patologia;
4. Descotrolo do ciclo de sono-vigília;
5. Descontrolo alimentar;
6. Tristeza constante, falta de ânimo;
7. Dificuldade em ver o lado positivo nas situações negativas;
8. Descuido pela sua aparência e cuidado de si (da higiene pessoal, à forma de se vestir, etc.);
9. Não conseguir organizar o plano de estudo;
10. Irritabilidade, falta de paciência e baixa de humor constantes.
Para prevenir o burnout, os estudantes devem seguir as Dicas acima, isto é:
Dormir e comer melhor!
Respirar para controlar a ansiedade. Tirar 15 minutos por dia para respirar e sentir a respiração é essencial para diminuir a ansiedade.
Anular os pensamentos negativos, através de frases de reprogramação do diálogo interior. Ajudará o aluno a focar-se naquilo que quer que aconteça ao invés de se angustiar a pensar no pior que pode acontecer.
Rodear-se de pessoas positivas, proteger a sua autoestima e a sua autoconfiança.
Não ter vergonha de pedir ajuda. Sentir que precisamos de ajudar e conseguir pedi-la é sinal de inteligência!
Praticar exercício físico. Não é preciso correr a maratona, mas sair do modelo puramente mental é essencial para prevenir o burnout.
Pedir ajuda para organizar o trabalho e estabelecer prioridades.
Saiba mais sobre o Burnout nos Estudantes e como prevenir o Burnout no artigo dedicado: Como prevenir o Burnout dos Estudantes?
Independentemente do seu QI, ninguém aprende de forma igual.
Cada um de nós tem um estilo de aprendizagem próprio e que é a conjugação de 4 Estilos de Aprendizagem, que condicionam a forma como apreendemos, organizamos e processamos a informação: o Estilo Teórico, o Estilo Reflexivo, o Estilo Pragmático, e o Estilo Ativo.
Cada estilo significa que o aluno tem formas próprias de adquirir conhecimentos. A sua performance varia em função da relação Estilo de Aprendizagem-Resultados: Quanto mais próximos do seu estilo, quanto mais respeitarem a forma como o seu cérebro apreende e processa informação, mais sucesso alcançam. Este conhecimento, ajuda muito os estudantes a alcançarem o melhor de si, pois cada estilo tem os seus pontos positivos e desafios a melhorar.
Continue a ler sobre o Estilos de Aprendizagem nesta Dica para Estudantes sobre: Potenciar o Estilo de Aprendizagem
Preparar a vida profissional, enquanto se estuda, é essencial para o sucesso no mundo do trabalho. Esta é uma tarefa por vezes complexa para muitos estudantes. Apenas 40% dos estudantes no início da licenciatura têm uma ideia clara sobre a profissão a seguir. É muito importante que, ao longo do curso, os estudantes vão identificando as áreas e as disciplinas com que mais se identificam e registando aquelas que lhes dão mais prazer em estudar, as que são tão fáceis para si, que não são uma obrigação.
Para facilitar a entrada no mundo de trabalho, cada vez mais competitivo e exigente, os estudantes podem seguir as seguintes dicas:
1. Enriquecer o Curriculum Vitae com atividades complementares;
2. Fazer cadeiras de opção, da área científica ou complementares, que juntem valências e assim abrir uma multiplicidade de possibilidades de novos caminhos profissionais.
3. Trabalhar para uma média final de licenciatura que mostra que o aluno teve um desempenho médio distintivo, ou que permite seguir uma carreira académica.
4. Reforçar o estudo de outras Línguas – cada vez mais eliminatório ou valorizado nas ofertas de emprego.
5. Erasmus: Fazer um estágio ou envolver-se o mais possível.
6. Participar nos projetos da Universidade;
7. Propor-se para participar na investigação para artigos científicos dos Professores;
8. Em caso de angústia sobre a vocação, fazer um teste de avaliação vocacional;
9. Ler muito! Muitas processos de recrutamento e seleção avaliam cultura geral e outras skills além de conhecimentos técnicos;
10. Acompanhar o mercado de recrutamento e seleção;
11. Enviar currículos e candidatar-se! No final do curso, testar competências e candidatar-se a alguns lugares e analisar como o mercado reage;
12. Criar um perfil no Linkedin. É uma rede profissional que deve ter ativa desde a licenciatura;
13. Escrever – mostrar o seu nome! Um blog ou artigos de Linkedin sobre temas que lhe interessam para trabalhar são formas de ganhar exposição.
14. Escolha a profissão que será necessária daqui a 10 anos! Foca-te nas profissões mais bem remuneradas e procuradas do futuro.
Continue a ler sobre este tópico e saiba mais sobre como Preparar o Futuro enquanto estudante neste artigo dedicado: Preparar o Futuro
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